A GRANDE TRIBULAÇÃO
Texto Áureo = “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10)
Verdade Prática = Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande Tribulação começará na Terra.
Leitura Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando às mansões
celestiais, a fim de participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado
na Terra o mais difícil período da História: a Grande Tribulação,
através da qual a ira do Senhor, o Justo Juiz, se manifestará contra os
ímpios e adoradores da Besta (Ap 6.16,17).
O que é a Grande Tribulação? A primeira alusão à Grande Tribulação,
nas Escrituras, está em Deuteronômio 4,30: “Quando estiveres em
angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias lit.
“nos últimos dias”, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua
voz”. Esta e outras passagens veterotestamentárias se referem,
profeticamente, ao evento em análise (Dt 31.4; Is 13.9-13; 34.8; Jr
30,7,8; Ez 20.33-37; Dn 12,1; Jl 1.15).
Há teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e
aterrorizante evento escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar
para o que o Senhor Jesus disse em Mateus 24.21: “nesse tempo haverá
grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem
havido, nem haverá jamais” (ARA).
Em Apocalipse 2.22, a expressão “grande tribulação” é empregada com o
sentido de punição à falsa profetisa Jezabel e seus seguidores. Mas, no
mesmo livro, encontramos a ênfase à “hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo” (3.10), isto é, a Grande Tribulação — expressão
empregada em Apocalipse 7.14 e que melhor define esse evento, apesar de
as Escrituras o apresentarem com outras designações: “tempo de angústia”
(Dn 12.1); “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61.2), etc.
Para alguns teólogos, Apocalipse 7.13,14 não alude a esse tempo de
angústia, posto que — segundo eles — os servos de Deus ali mencionados
são os que sofrem aflições e tribulações hoje (cf. Rm 8.18; Jo 16.33).
Afinal, “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At
14.22).
Entretanto, ao lermos o contexto imediato (Ap 6.9-11), vemos que os
tais servos serão os “mortos por amor da palavra de Deus e por amor do
testemunho que deram” (v.9), vítimas do Anticristo (Ap 13.7,15). E
estes, vestidos de branco (Ap 6.11; 7.13), virão “da grande tribulação”
(Ap 7.14, ARA), um período de sofrimento que atingirá todos os
habitantes da Terra.
A Igreja passará pela Grande Tribulação? E comum recorrer-se à simbologia para se fundamentar a idéia de que a Igreja não enfrentará esse tempo de angústia:
1) Assevera-se que Enoque foi arrebatado antes do dilúvio; e que, antes deste, Noé e sua família entraram na arca.
2) Afirma-se que as águas do Mar Vermelho só caíram sobre os egípcios
depois que Israel passou; e que Elias subiu num redemoinho antes do
cativeiro.
3) Assegura-se que a Igreja, quando for arrebatada (posto que é a 1uz
do mundo), instalar-se-á um período de trevas; e ainda que, ao ser
tirada da Terra “a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade , o
mundo desmoronara.
No entanto, todos esses exemplos apenas ilustram uma verdade revelada
claramente nas páginas sagradas. Não há dúvidas de que a Igreja será
arrebatada “antes” desse período de trevas,
Por que a lgreja não passará pela Grande Tribulação?
Os teólogos pós e mesotribulacionistas têm as suas razões pessoais para
não crer no rapto dos salvos antes da Grande Tribulação. Não devemos
ir além do que está escrito nas Escrituras (1 Co 4.6) nem nos movermos
facilmente de nossas convicções quanto ao livramento da ira futura, por
ocasião do Arrebatamento (2 Ts 2.2-9).
Há muitas evidências de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação:
1) A Noiva de Cristo estará no Céu durante esse período e voltará com Ele para pôr termo ao império do mal:
“vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E
foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente;
porque o linho fino são as justiças dos santos. (…) E seguiam-no os
exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino,
branco e puro” (Ap 19.7-14).
2) A Palavra de Deus nos exorta a “esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da
ira futura” (1 Ts 1.10).
E o próprio Senhor Jesus disse: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando,
para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e
estar em pé na presença do Filho do homem” (Lc 21.36, ARA). Note:
“escapar de todas estas coisas”, e não “participar delas”,
3) Em Apocalipse 3.10, Jesus fez uma promessa à igreja de Filadélfia:
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da
hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que
habitam na terra”. Contudo, esta mensagem não foi apenas para aquela
igreja, haja vista o que está escrito nos versículos 13 e 22 do mesmo
capítulo: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
A promessa de livramento da tentação mundial é extensiva “às igrejas”.
Conquanto os crentes de Filadélfia estivessem passando por
tribulações, naqueles dias, não passaram pela “hora da tentação que há
de vir sobre todo o mundo”, pois todos os mortos em Cristo têm a
garantia de que não passarão pela Grande Tribulação; ressuscitarão e
serão tirados da Terra antes dela. Da mesma forma, os vivos que
guardarem a Palavra não passarão pelo tempo da angústia.
Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da Asia
possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do
amor e da fidelidade (2.4,10; 3.11); quanto às falsas profecias
(2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora (3.20), etc.
Portanto, não há dúvidas de que a promessa de livramento da hora da
tentação é extensiva a todos os salvos.
4) Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo, dando
início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de
Deus, no Céu (Ap 4—5). Eles representam a totalidade da Igreja:
as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova
que, desde o início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu!
Aleluia!
5) Em Apocalipse 13.15, está escrito que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo.
Se este fará guerra aos santos, a fim de vencê-los (v.4), quantos deles
restariam para um arrebatamento durante ou depois do período
tribulacionista? Como vimos acima, tais santos, mortos pela Besta, serão
os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido
arrebatada.
6) Em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses, a ênfase de Paulo foi o Arrebatamento da Igreja.
Ao mencionar esse glorioso evento pela primeira vez, ele deixou claro
que Jesus nos livrará da ira vindoura (1 Ts 1.10). E isso é confirmado
ainda na primeira Epístola: “quando disserem: Há paz e segurança, então,
lhes sobrevirá repentina destruição (…) e de modo nenhum escaparão.
Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (5.3,4).
Conforme o texto acima, são os que estão “em trevas” que não
escaparão da destruição. Os filhos da luz (5.5) já terão sido
arrebatados (4.16-18). Por isso, mais adiante, Paulo reafirma que os
salvos escaparão da ira futura: “Porque Deus não nos destinou para a
ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”
(5.9).
7) A passagem de 2 Tessalonicenses 2.6-8 é de difícil
interpretação, e não nos convém fazer especulações sobre o que não está
revelado claramente. Não obstante, vemos nela a reiteração de
que a Igreja não estará sob o domínio do Anticristo e seu comparsa, o
iníquo Falso Profeta:
E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja
manifestado, Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um
que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado
o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará
pelo esplendor da sua vinda.
Se o mistério da injustiça opera, por que a Besta e o Falso Profeta
ainda não se manifestaram de maneira visível? O que os detém? Quem os
resiste? Quem será tirado da Terra, para que o Anticristo e seu aliado
tenham total liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo?
A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo, é
que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus
Cristo (Tt 2.13,14; 1 Ts 4.17). E, se é “depois disso” que será revelado
o Iníquo (gr. anomos, “transgressor”, “sem lei”, “desordeiro”,
“subversivo”), então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja
não passará pela Grande Tribulação!
Quanto tempo durará a Grande Tribulação? Nos tempos bíblicos, os
meses eram de trinta dias. Não havia meses de 31 ou 28, tampouco se
considerava o ano bissexto. Os anos tinham sempre 360 dias (30×12360).
Em Apocalipse 11.3 está escrito que as duas testemunhas de Deus
profetizarão por 1.260 dias ou três anos e meio (1.260/360=3,5). Esse
período também aparece em Apocalipse 13,5 sob a forma de 42 meses (42×30
1.260).
Esses três anos e meio são apenas a “primeira metade” da Grande
Tribulação, que terá duração total de sete anos, conforme a profecia
registrada em Daniel 9.24-27. Esta passagem menciona o concerto que o
Anticristo firmará com muitos por uma semana de anos, Na metade desta
(depois de três anos e meio), ele rompera o pacto, inaugurando a segunda
metade
A septuagésima semana é a última de um total de “setenta setes”,
revelados ao profeta Daniel (9.24). A contagem das setenta semanas — ou
490 anos — começou com o decreto de Artaxerxes para restaurar Jerusalém e
foi interrompida com a morte do Messias (Ne 1—2; Dn 9.25,26). De acordo
com a revelação dada ao profeta, essas semanas se subdividem em três
períodos.
Eurico Bergstén explica isso com muita clareza:
A primeira parte compreende “sete semanas”, isto é 7x 7 ou 49
anos (Dn 9.25), e destaca, com clareza, o começo da contagem dessas
semanas — desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém” (.) Daquela data até á conclusão desse
trabalho (Ne 6. 15) passaram-se realmente 49 anos.
A segunda etapa compreende “sessenta e duas semanas”, isto é 62x
7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de Jerusalém ao
Messias, o Príncipe, Dn 9.25. E realmente impressionante observar que
desde a data do decreto para a restauração até á data da entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém (IvIt 2 1. 1— LO) passaram-se exatamente
69 “semanas” ou 69×7, que são 483 anos.
A terceira parte compreende a última semana, isto é, a
septuagésíma semana, sobre a qual a profecia diz: “Ele ,firmará um
concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o
assolador..,”, Dn 9.27. Comparando esta expressão com apalavra de Jesus,
quando profetizava sobre esses acontecimentos ( Mt 24. 15,2l),,fica
provado que a septuagésima semana, sem dúvida, representa o tempo da
grande aflição.
O estudo comparativo das passagens proféticas de Daniel, Apocalipse e Mateus
24 indica que, após a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C.,
haveria um lapso temporal indefinido — chamado de Dispensação da Igreja
ou Tempo dos Gentios
— até que os eventos da septuagésima semana começassem a se cumprir.
Depois desse período parentético indeterminado, entre o século 1 d.C. e o
Arrebatamento da Igreja, a Besta firmará o tal concerto ou pacto com
muitos por sete anos, mas só cumprirá a sua parte nos primeiros três
anos e meio.
Na segunda metade da semana, ela se voltará contra os judeus, e
juízos divinos cairão de maneira intensa sobre o Império Anticristão (Dn
9.27; Ap 15-16).
Haverá salvação na Grande Tribulação? Nesse período,
Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não
foram arrebatados, Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal
estarão multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação
será possível (Ap 6.9-11; 7.9-17; 12.12,17; 14.1-5; 20.4).
Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres
humanos terão oportunidade de salvação, desde que invoquem o nome do
Senhor (Jl 2.32). O texto de Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de
salvos durante esse período, os quais lavarão suas vestiduras,
branqueando-as no sangue do Cordeiro.
Mas será difícil a salvação nos angustiosos e inquietantes dias da
Grande Tribulação. Derramar-se-ão juízos de Deus sobre os adoradores da
Besta (Ap 6—9), que, mesmo assim, não se arrependerão (Ap 9.20,21;
16.9). A misericórdia do Senhor será patente nesse período, pois todos
os acontecimentos catastróficos visarão, sobretudo, ao despertamento das
pessoas para o arrependimento antes do último grande juízo (cf. At
17.30,31).
A falsa trindade satânica. Na Grande Tribulação, o
Diabo terá permissão para dominar todas as ações na Terra. Quando a
Igreja sair do mundo, ele será precipitado de onde está — nas regiões
celestiais (Ef 2.2; 6.12) —, juntamente com as suas hostes, e terá
permissão para agir com mais liberdade entre os homens, A Palavra de
Deus diz que ele estará cheio de fúria, sabendo que pouco tempo lhe
resta (Ap 12.9,12).
Satanás jamais conseguirá ser igual a Deus (Is 14.12-14). E essa
frustração faz dele um “imitador” das obras divinas, porém com intentos
maus, Ele formará a sua falsa trindade — na verdade, uma tríade, haja
vista não ser ela uma união de três pessoas formando um único deus, e
sim três pessoas distintas agindo separadamente, tendo como líder
Satanás.
Como lemos em Apocalipse 16,13, duas Bestas — uma que sobe do mar
(cf. Ap 13.1-10), e outra, que emerge da terra (Ap 13.11-18) — se
aliarão ao Adversário: “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da
boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a
rãs”, Deus também revelou ao apóstolo Paulo essas duas Bestas, em 2
Tessalonicenses 2: os versículos 3 a 6 se referem à primeira (o
Anticristo); e os 7 a 12, à segunda (o Falso Profeta).
O Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta tomarão posse,
temporariamente, da Terra. Se a Santíssima Trindade é composta de Deus
Pai, Cristo e Espírito Santo (Mt 28,19; 2 Co 13.13), a falsa trindade
satânica terá como protagonistas o Antideus, o Anticristo e o
Antiespírito.
Assim como Cristo veio ao mundo para revelar a glória do Pai (Jo
1.14), a Besta revelará a natureza funesta do Diabo, agindo segundo o
seu poder (Ap 13.1,2). E, da mesma forma que o Espírito convence os
pecadores e glorifica a Jesus (Jo 16.8-14), o Falso Profeta induzirá
todos a adorarem o Anticristo (Ap 13.11-15).
Quem receberá o sinal da Besta? Na Grande
Tribulação, quem desejar comprar alguma coisa só poderá fazê-lo mediante
o sinal, o nome ou o número do nome da Besta. Somente o número é
revelado na Bíblia, Quanto ao nome e ao sinal, que poderá ser colocado
na mão direita ou na testa dos adoradores do Anticristo (Ap 13.16-18),
não há maiores informações nas Escrituras.
A Igreja não receberá o tal sinal, que será uma marca para aqueles
que, tendo ficado na Terra, após o Arrebatamento, forem convencidos pela
segunda Besta, o Falso Profeta, de que o Anticristo é o “salvador do
mundo”. O sinal os separará como adoradores conscientes do Homem do
pecado.
Contrastes entre Cristo e o Anticristo. As diferenças entre Cristo (o Cordeiro de Deus), e o Anticristo (a Besta do Diabo), são muitas:
1) Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.15); o Anticristo, a de Satanás.
2) Cristo é a segunda Pessoa da Trindade; o outro também será a segunda pessoa, mas da falsa trindade satânica.
3) Cristo desceu do Céu (Jo 6.51); o outro subirá do abismo (Ap 11.7).
4) Cristo é o Cordeiro; o outro, a Besta.
5) Cristo é o Santo; o outro, amante da iniqüidade, terá um aliado chamado de “o iníquo” (2 Ts 2.8).
6) Cristo veio em nome do Pai; o outro virá em seu próprio nome.
7) Cristo subiu ao Céu (At 1.9-1 1); o outro descerá para o Inferno.
8) Cristo é o Filho de Deus; o outro, o filho da perdição.
9) Cristo é o mistério de Deus; o outro, o da iniqüidade.
10) Cristo recebe louvor dos santos; o outro o receberá dos ímpios.
11) A Noiva de Cristo é a Igreja; a do outro será “uma prostituta” (Ap 17.16,17).
12) Cristo é a verdade; o outro, a mentira,
13) Cristo é a luz (Jo 8.12); o outro, trevas,
14) Os seguidores de Cristo andam na luz; os do outro andarão em trevas (Ap 16.10).
I5) O Reino de Cristo é eterno; o Império do Anticristo durará apenas sete anos.
Os 144 mil judeus eleitos. Serão santos homens de
Deus, responsáveis pela pregação do evangelho durante a Grande
Tribulação. Esses servos do Senhor, provenientes das tribos de Israel
(Ap 7.1-8), cumprirão cabalmente a sua missão, não tendo por preciosas
as suas vidas.
As suas testas serão assinaladas a fim de indicar a sua consagração a
Deus (Ap 14.1). Isso não os protegerá das perseguições e do martírio.
Haja vista o que está escrito em Apocalipse 7.13,14. Tal marcação denota
a proteção que eles terão quanto aos juízos divinos sobre o mundo (Ap
9.4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como lemos em Apocalipse
14.3-5:
E cantavam um cântico novo diante do trono e diante dos quatro
animais e dos anciãos; e ninguém podia aprendei- aquele cântico, senão
os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são
os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes
são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que
dentre os homens foram comprados como príncipes para Deus e para o
Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis
diante do trono de Deus.
As duas testemunhas. Haverá, no tenebroso período
tribulacionista, duas duplas: uma do mal e outra do bem, A primeira,
bestial, formada pelo Anticristo e pelo Falso Profeta, blasfemará e
guerreará contra os santos; também fará grandes sinais, para enganar os
que habitam na Terra. A segunda, celestial, será composta de duas
testemunhas enviadas por Deus, que profetizarão, com grande poder, e
também farão sinais.
As duas testemunhas serão dois profetas do Altíssimo que — à
semelhança de Moisés, Elias, Micaías, Jeremias, João Batista, Estevão,
Paulo e o próprio Senhor Jesus — entregarão mensagens de juízo com toda a
ousadia, a ponto de deixar os adoradores da Besta atormentados (Ap
11.10). As características delas à luz de Apocalipse 11.1-13 serão as
seguintes:
1) Elas exercerão o seu ministério na primeira metade da Grande
Tribulação: “e [os gentios] pisarão [lit. pisotearão] a Cidade Santa por
quarenta e dois meses, E darei poder às minhas testemunhas, e
profetizarão por mil duzentos e sessenta dias” (vv.2,3). Como vimos
acima, 42 meses ou 1.260 dias equivalem a três anos e meio, tempo de
duração de cada metade do período em análise,
2) As duas testemunhas terão um especial poder e grande autoridade da
parte de Deus para cumprirem a sua missão (vv.3,5,6). Isso será
necessário em razão da terrível oposição que enfrentarão por parte dos
adoradores da Besta,
3) Trajar-se-ão de pano de saco (v.3).Vestir-se de pano de saco,
especificamente, denota pesar, coração quebrantado. Elas serão, por
assim dizer, antítipos dos profetas do passado, como João Batista, que
não andava ricamente vestido (Mt 11.8); antes, usava uma veste de pêlos
de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos (Mt 3.4).
4) Elas são identificadas apenas como “as duas oliveiras e os dois
castiçais que estão diante do Deus [lit. Senhor da terra” (v.4). O fato
de a Bíblia não mencionar as suas identidades tem motivado muitos a
explorarem o campo das especulações inúteis, Alguns teólogos afirmam que
elas já estão no Céu. Desta dedução decorre a especulação de que são
Enoque e Elias, em razão de não terem passado pela morte (Gn 5.24; 2 Rs
2.11; cf, Ap 11.7). Lembremo-nos uma vez mais de que as coisas
encobertas pertencem ao Senhor (Dt 29.29).
5) Enquanto elas não cumprirem a sua missão, ninguém poderá vencê-las:
“se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará
os seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim
seja morto” (v.5). Isso é uma prova de que Deus protege os seus
mensageiros (cf. At 12.11).
6) Farão sinais e prodígios: “têm poder para fechar o céu, para que
não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para
convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas,
quantas vezes quiserem” (v.6). Tudo isso será permitido por Deus, para
que todos os seres humanos, na Terra, ouçam a sua Palavra, não tendo
nenhuma desculpa no dia do juízo.
7) Quando acabarem a sua missão, serão mortas pelo Anticristo (v.7).
Isso acontece com todos os profetas verdadeiramente enviados por Deus. O
Senhor Jesus não foi preso ou morto antes de consumar a obra que o Pai
lhe dera, apesar das muitas tentativas do Inimigo (Lc 4.29,30; Jo
18.4-11).
8) Os corpos delas permanecerão expostos em praça pública, em
Jerusalém, chamada espiritualmente de “Sodoma e Egito” — devido à sua
imoralidade e ao seu mundanismo —, durante três dias e meio, e os
adoradores da Besta se regozijarão com isso, mandando presentes uns aos
outros (vv.8-I0).
9) As testemunhas ressuscitarão depois de três dias e meio: “o
espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os
pés, e caiu grande temor sobre os que os viram” (v.II).
10) Ao ressuscitarem, elas ouvirão uma grande voz do Céu: “Subi cá. E
subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (v.I2). Esse
fato apresenta uma semelhança com ascensão de Cristo, que, observado por
seus discípulos, subiu aos céus (At 1.9-1 1).
A diferença é que as testemunhas subirão diante dos olhares de seus
inimigos. Há similaridade também com a ressurreição dos justos, por
ocasião do Arrebatamento (cf 1 Ts 4.16,17).
11) Após a ascensão das duas testemunhas, haverá um grande terremoto,
e sete mil homens morrerão. Os que restarem ficarão muito atemorizados e
darão glória ao Deus do Céu (v.13). Isso comprova que o trabalho desses
dois servos do Senhor não será em vão. Quando a Palavra do Senhor é
pregada com verdade, sempre há “alguns” que lhe dão ouvidos (Mt 13.23;
At 17.34).
O julgamento de Israel. O julgamento dos israelitas
durante o período tribulacionista está previsto no Antigo Testamento (Ez
20.33-38; Zc 13.8,9; Am 9.8,10). Um dos objetivos dos juízos
apresentados em Apocalipse, sob selos, trombetas e taças (6—17), é levar
Israel ao arrependimento. Como resultado, o remanescente desse povo se
voltará para Deus arrependido, aceitando Jesus como o Messias (Rm 9.27;
11,25,36; Mt 23.39; Zc 12.10-14; 13.1).
Esse juízo divino ocorrerá durante a Grande Tribulação, como está escrito em Daniel 12.1:
E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual
nunca houve, desde que houve nação até àquele; mas, naquele tempo,
livrar—se—á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD – 2º. Edição
A GRANDE TRIBULAÇÃO
TEXTO ÁUREO = “Porque haverá, então, grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem
tampouco haverá jamais” (Mt 24.2 1).
VERDADE PRÁTICA = Os juízos de Deus sobre o mundo
no período da Grande Tribulação serão inevitáveis porque a Palavra de
Deus os revela e a Igreja se fortalece na esperança de que não passará
por esse período.
LEITURA BÍBLICA = LUCAS 21.28-31; = 1 TESSALONICENSES 5.1-4,9
INTRODUÇÃO
Na seqüência dos eventos escatológicos, enquanto a Igreja arrebatada e
ressuscitada está no céu (nos ares) com Cristo, inicia-se um novo e
terrível período na Terra, identificado na linguagem bíblica como a
Grande Tribulação. Esse período será precedido por vários sinais
reconhecidos pelos que lêem e estudam as profecias bíblicas.
- O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
- O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia. Na
língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que
significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução
Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade
para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para
separar o trigo da sua palha. A idéia figurada, aqui, é a de afligir,
pressionar. Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode
referir-se tão somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se
passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.
- O sentido da expressão Grande Tribulação. A
expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é
identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18;
Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn
12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No
Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor
Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt
24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.
- Estará a Igreja na Grande Tribulação? Existem duas
linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja
não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a
Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários
do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os
rigores da tribulação são exclusivamente para Israel.
Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará,
nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para
livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1 Ts 1.10; 3.10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e õ
mundo naqueles dias só terão inicio depois que a Igreja for retirada da
Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no
capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece,
senão no capítulo 19.
Os partidários da idéia de que a Igreja estará na primeira metade da
Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz
negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja
necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o
cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na
seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações
dos juízos divinos (Ap 6.2-8).
- PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar Israel a
receber o seu Messias; e o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo,
especialmente, sobre às nações incrédulas.
- Levar Israel a receber o Messias. O profeta
Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da
angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para
os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são
indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o
templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais.
São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel.
Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente
para o povo judeu. Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na
tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se
converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma
multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu
(Mt 25.31-46; Ap7.9), e entrará no reino milenial de Cristo.
- Trazer juízo sobre o mundo. Ap 3.10 revela esse
propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da
hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”.
A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada
daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela
Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as
nações da Terra (Jr 25.32, 33; Is 26.21; 2 Ts 2.11,12), e Deus estará
julgando-as por sua impiedade.
Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino
da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao
Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para
purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de
governo, haverá paz e justiça.
III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande
Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta
semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus
sobre Israel e sobre o mundo.
- O que são as setenta semanas. A identificação
começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra
semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a
quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia
interpreta-se corno ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias
multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.
- Os três períodos das 70 semanas. O primeiro
período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no
reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8),
quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os
seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e
reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere- se
ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias.
Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e
morto (Dn 9.26). Cumpriu- se esse segundo período até o ano 32 d.C.,
quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então,
69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no
texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na
seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios
(o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja
constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o
seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a
70a
- A última semana profética. No texto de Dn 9.26
surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel
sob “as asas das abominações” Esse príncipe não é outro senão “o
assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de
vir” (Dn 9.26).
Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com
astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na
aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua
tentativa será a de restabelecer a paz sobretudo no Oriente Médio
oferecendo um tratado.
O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará
de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na
linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que
surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”,
conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser
identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império
Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder
alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz.
Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe,
embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a
grande angústia de Israel” (2 Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.
CONCLUSÃO
A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o
povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados
terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da
Igreja findando o parêntese profético entre a 69a semana e 70a Não
sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão
principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos
homens.
Lições bíblicas CPAD 1998
A GRANDE TRIBULAÇÃO
TEXTO AUREO = “Porque haverá, então, grande aflição,
como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco
haverá jamais” (Mt 24.21).
VERDADE PRÁTICA = Só há um meio de se escapar da
Grande Tribulação: manter-se fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo,
aguardando fielmente o seu retorno.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = APOCALIPSE 6.1-8
INTRODUÇÃO
Os profetas e apóstolos discorreram de tal forma sobre a Grande
Tribulação, que basta uma leitura de seus escritos para conscientizamos
de sua realidade escatológica. Haja vista o livro de Sofonias que, em
termos proporcionais, foi o autor sagrado que mais tratou deste
importante tema.
A Grande Tribulação é o “dia do Senhor”, no qual Deus entrará em
juízo com um mundo altivo, rebelde e impenitente (Is 13.9-11; Ml 4.1).
Tendo como base as Sagradas Escrituras, observemos, como poderemos
definir esta tão importante doutrina.
- O QUE É GRANDE TRIBULAÇÃO
- Definição. A Grande Tribulação é o período de
maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a
reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua
hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que
significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as
contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a
uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15). A Grande Tribulação
recebe, outrossim, as seguintes denominações na Bíblia Sagrada:
a) Dia do Senhor. “O grande dia do Senhor está
perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor;
amargamente clamará ali o homem poderoso” (Sf 1.14).
b) Dia da Angústia de Jacá. “Ah! Porque aquele dia é
tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para
Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).
c) Ira do Cordeiro. “E os reis da terra, e os
grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo
livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam
aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele
que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o
grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17).
- QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBUI.AÇAO
A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:
- Após o arrebatamento da Igreja. “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Logo: a Igreja de Cristo não terá de experimentar a Grande Tribulação.
Neste período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao
trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus. A promessa de
Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10; 5.9;
Lc 21.35,36).
- Na metade da 70ª Semana de Daniel. “E ele firmará
um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará
cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das
abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está
determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9,27).
A 70ª Semana de Daniel pode ser dividida em duas metades distintas.
a) A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do
Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito
tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles, té-lo-ão como o seu
messias; estes, como o seu salvador. Essas duas metades da semana
profética de Do 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap 11.2,3;
12.6,14; 13.5.
b) A Segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente
dita: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes
sobre-virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está
grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).
III. QUAL O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇAO
A Grande Tribulação será deflagrada, visando a aplicação dos juízos
divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o seu verdadeiro
Messias. Ela também possui como objetivos:
- Levar os homens a se arrependerem de seus pecados.
“E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram
do Deus do céu e não se arrependeram das suas obras” (Ap 16.11).
- Destruir o império do Anticristo. “E o quinto anjo
derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez
tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor” (Ap 16.10).
- Desestabilizar o atual sistema mundial. “Estavas
vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a
estátua no.s pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi
juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os
quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e
não se achou lugar algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se
fez um grande monte e encheu toda a terra” (Dn 2.34,35).
- Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não
será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e
consumirá todos esses remos e será estabelecido para sempre” (Dn 2.44).
- QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇAO
Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:
- Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. “Ah!
Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é
tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (ir 30.1-7).
Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela
mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o
dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de
Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham
espalhados pelo mundo.
- Os gentios. “Depois destas coisas, olhei, e eis
aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,1
3,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos
durante a Grande Tribulação.
- AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇAO
Durante a 70a Semana de Daniel, na qual situa-se a Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
- A falsa paz oferecida pelo Anticristo. “E olhei,e
eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e
foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.2),
Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo que,
em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra para
implantar o Reino de Deus (Ap 19.11). A paz a ser oferecida pelo
Anticristo é ilusória e passageira (1 Ts 5.3).
- A guerra. “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que
estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se
matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4).
- A fome. “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o
terceiro animal, dizendo: Vem e vê1 E olhei, e eis um cavalo preto; e o
que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz
no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um
dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o
azeite e o vinho” (Ap 6.5,6).
- A morte. “E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a
voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo
amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o
inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da
terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra (Ap
6.7,8).
Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma admirável síntese do
que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa
paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser
estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e
desinteligências entre as nações.
Como acontece em períodos de conflagrações, os conflitos armados
trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar epidemias e
pestilências.
- HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE GRANDE TRIBULAÇÃO
Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá
salvação neste período? O livro do Apocalipse mostra dois grupos
distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap 7.4-14).
Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia
continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os
que afirmam que, após o arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras
perderão a sua inspiração sobrenatural e única.
Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o
profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de
nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).
CONCLUSÃO
Estejamos devidamente apercebidos, a fim de que não sejamos pegos de
surpresa no arrebatamento da Igreja. Os que não subirem, terão de
enfrentar a ira do Cordeiro.
Infelizmente, muitos são os que se acham adormecidos espiritualmente.
hora de despertar deste sono! Caso contrário, como haveremos de escapar
dos horrores da Grande Tribulação?
Senhor, não permitas que sejamos dominados pela sonolência
espiritual. Queremos estar apercebidos, a fim de que, naquele grande
dia, possamos estar para sempre contigo. Amém!
Lições bíblicas CPAD 2004
A GRANDE TRIBULAÇÃO
“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10).
Será o período mais terrível na História, em que Deus trará seus
juízos sobre a humanidade por causa da incredulidade, desprezo à sua
Palavra e prática da impiedade. Deus criou o homem para sua glória e
louvor. Mas, usando mal o livre-arbítrio, o ser humano preferiu não
ouvir a voz de Deus, e deu lugar ao pecado. Ao longo dos séculos, Deus
tem dado oportunidade ao homem para restaurar a comunhão perdida com seu
Criador. Porém, a exemplo de Adão, a humanidade prefere andar em
sentido contrário à vontade de Deus. Mais que isso: tem afrontado a
.Deus, de forma deliberada.
Em seu sermão profético, Jesus adiantou para seus discípulos:
“porque, naqueles dias, haverá urna aflição tal, qual nunca houve desde o
princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” (Mc
13.19 — grifo nosso). Serão eventos escatológicos jamais vistos ou
imaginados pelos homens, em toda a História. Os futurologistas tentam
traçar cenários para os fins dos tempos, mas jamais conseguirão
descrever em suas pranchetas de trabalho o que acontecerá em termos de
catástrofes ecológicas, ambientais, espaciais e cósmicas.
Na visão de Patmos, João recebeu revelação sobre aqueles dias
tenebrosos que se abaterão sobre toda a terra: “E um dos anciãos me
falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e
de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes
são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as
branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13,14).
Os que conseguirem manter sua fé em Cristo, tendo ficado para trás,
no arrebatamento, terão plena convicção de que não puderam subir, por
causa de sua desobediência, descuido e negligência quanto às coisas de
Deus.
E não quererão aceitar as ordens do governo mundial, formado pelo
Diabo, pelo Falso Profeta e pelo Anticristo. Não aceitarão o sinal da
Besta, ou a aposição de seu número em seu corpo. Ainda poderão ser
salvos, mas pagando com a própria vida.
Serão torturados, degolados, terão seus olhos arrancados ou serão
queimados vivos, por não negarem a Cristo no confronto com os agentes do
Diabo e do Anticristo. As atrocidades praticadas pelo famigerado e
terrorista Estado Islâmico (EI), que degolam crianças por não negarem a
Jesus, escravizam mulheres cristãs para explorá-las sexualmente e matam
todos os homens que não aceitam sua fé sanguinária, são uma amostra do
que acontecerá com os que ficarem para trás na vinda de Jesus.
I- A GRANDE TRIBULAÇÃO
- Significado e Período
Como visto em capítulos anteriores, após o arrebatamento da Igreja,
dois eventos ocorrerão no céu: o Tribunal de Cristo, para efeito de
concessão de galardões aos salvos (2 Co 5.10) e as Bodas do Cordeiro,
que é união entre Cristo e a Igreja para sempre (Ap 19.7-9; 21,9). Essa
passagem da Igreja pelo céu deve durar sete anos. Enquanto isso, aqui,
na terra, haverá a Grande Tribulação, que também durará sete anos,
conforme dão a entender os livros da Bíblia que falam do fim dos tempos.
A Grande Tribulação será um período de sete anos, entre o arrebatamento
da Igreja e a vinda de Jesus em glória (2a fase, para reinar).
a) Juízo sobre as nações. Naquele período
catastrófico, os judeus serão os mais afetados (Mt 24.15-20; Mc
13.14-23), mas todos os que estiverem vivos, na terra, sofrerão suas
consequências trágicas. “Porque, eis que, na cidade que se chama pelo
meu nome [Jerusalém], começo a castigar; e ficareis vós totalmente
impunes?
Não, não ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os
moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos. [«.1 Chegará o estrondo
até à extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda com as nações,
entrará em juízo com toda a carne; os impios entregará à espada, diz o
Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação
para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra” (Jr
25.29-3 2 — grifo nosso). “E visitarei sobre o mundo a maldade e, sobre
os ímpios, a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos e
abaterei a soberba dos tiranos” (Is 13.11). Os avisos dos juízos de
Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que
aceitam a Cristo e obedecem à sua Palavra.
b) O tempo da Grande Tribulação. No total, a
Tribulação durará sete anos literais. Esse período é visto em duas
partes, primeira e segunda metades, cada uma com três anos e meio. Essa
constatação decorre da interpretação das 70 semanas de Daniel, cujo
texto prevê que haverá um “príncipe que há de vir” [o Anticristo], que
“[…] firmará um concerto com muitos por urna semana” (Dn 9.27a – grifo
nosso).
Esse concerto do Anticristo será com Israel, para obter o seu apoio
político. Aquele tempo é chamado, na Bíblia, de “Tribulação”, “ira
futura” (1 Ts 5.9), “um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que
houve nação até aquele tempo…” (Dn 12.1); é o “dia da vingança” (Is
63.1- 4). Abaixo, veremos o que ocorrerá na Grande Tribulação.
c) Divergências de interpretações. Há intérpretes da
Bíblia que afirmam que a Grande Tribulação será “um período definido”
de grandes acontecimentos trágicos que se abaterão sobre a humanidade,
após o arrebatamento da Igreja e a volta de Cristo para reinar (segunda
fase de sua vinda). Outros afirmam que a Grande Tribulação refere.se aos
sofrimentos da Igreja, ao longo de sua história.
O Comentário Bíblico Pentecostal, comentando o Apocalipse, diz: “E um
grande erro entender a frase ‘grande tribulação’ (7.14) como se ela se
referisse a um período específico de tempo, por exemplo sete anos ou
mesmo três anos e meio), ao invés da grande e intensa perseguição que os
crentes sofreram ao longo da história”.2 Esse comentário interpreta o
texto como referindo-se a acontecimentos históricos, passados, e não ao
futuro.
d) A interpretação literal da Grande Tribulação. Mas
há autores, escritores e intérpretes da Bíblia, que entendem que a
“Grande Tribulação” será um período futuro, em que a humanidade
experimentará terríveis catástrofes globais, como juízo de Deus sobre os
que rejeitaram a vontade divina para suas vidas, seus povos e suas
histórias. O Pr. Antonio Gilberto discorda dos que negam o aspecto
futuro da “grande tribulação”. Para ele, “Estritamente falando, essa
tribulação, como elemento escatológico, consiste em dois períodos, tendo
cada um três anos e meio de duração. O primeiro chamado simplesmente de
Tribulação. O segundo, que é o pior, é denominado Grande Tribulação.
Nota do autor. Na linguagem profética, “uma semana” de anos equivale a sete
anos literais. Levítico 25.8 mostra que sete semanas de anos são
quarenta e nove anos. Ou seja: uma semana de anos são sete anos.
No sermão profético, referindo-se ao que ocorrerá após o
arrebatamento da Igreja, Jesus disse: “porque haverá, então, grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem
tampouco haverá jamais” (Mt 24.21 — grifo nosso). João viu aquele
terrível período, no Apocalipse, na revelação sobre “os mártires na
glória”: “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos
de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu
sabes. E ele disse- me: Estes são os que vieram de grande tribulação,
lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.
13,14 – grifo nosso).
- Falsa Aliança com Israel
Após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo se manifestará e fará
uma falsa aliança com Israel, durante sete anos (Dn 9.27). Certamente,
nesse período, o Templo será reconstruído. Sem dúvida, esse será o maior
equívoco da nação israelita: rejeitou o Messias, crucificando-o, e vai
aceitar o Anticristo, o governante mundial; e pagará um preço
elevadíssimo!
Na metade desse tempo, ou seja, depois de três anos e meio, o
Anticristo romperá o acordo com Israel, e começará a perseguir os
judeus, e, na metade da semana, fara cessar o sacrificio e a oferta de
manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”
(Dn 9.27 – grifo nosso).
O Anticristo, ou a Besta, governando o mundo, impedirá o culto a
Deus, tanto pelos israelitas quanto por todos os crentes que confessarem
a Cristo, naquele tempo de angústia: “Eu olhava, e eis que essa ponta
fazia guerra contra os santos e os vencia. […] E proferirá palavras
contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em
mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um
tempo, e tempos, e metade de um tempo” (Dn 7.21,25 — grifo nosso).4
Jerusalém será atacada, o templo ocupado e profanado (2 Ts 2.3,4); Dn
8.13; Mt 24.15,24), e os judeus não mais poderão realizar o culto a
Jeová; haverá tremenda perseguição religiosa (Dn 8.13); os judeus são
aconselhados por Jesus a fugir para as montanhas (Mt 24.16); em
Apocalipse 12, vê-se o “Dragão” perseguindo a “mulher”, que sem dúvida
será a nação israelita, que fugirá para um lugar preparado por Deus (Ap
12.6).
- A Igreja não Passará pela Grande Tribulação
Os tribulacionistas creem que a Igreja passará pela Grande
Tribulação, em sua totalidade. Os miditribulacionistas ou
mesotribulacionistas, afirmam que a Igreja experimentará o primeiro
período da Grande Tribulação (três anos e meio), como vimos no capítulo
primeiro. No entanto, a Palavra de Deus nos mostra que tal entendimento
carece de fundamentação consistente.
O apóstolo Paulo recebeu revelação sobre esse fato, quando escreveu:
“e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber,
Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10 — grifo nosso).
João, em Apocalipse, registrou o livramento da igreja de Filadélfia,
tipo da Igreja que será arrebatada, formada por crentes salvos, do
período de provação pelo qual passará toda a humanidade: “Como guardaste
a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra” (Ap 3.10 — grifo nosso; Is 57.1).
O livramento da “hora da tentação”, ou da “provação”, que virá sobre
todo o mundo não se refere apenas à igreja em Filadélfia, mas é uma
advertência a todas as igrejas cristãs: “Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas” (Ap 3.13; 22). A Igreja não estará mais na
Terra quando começar a Grande Tribulação. Ela passará, sim, pelo
“princípio das dores” (Mt 24.8). Certamente, já começou a experimentar
os acontecimentos que antecedem à volta de Cristo para arrebatar os
salvos.
Nota do autor: “um tempo, tempos e metade de um
tempo” quer dizer “um ano, dois anos e metade de um ano”, ou seja, três
anos e meio, com base em Levítico 25.8, que se refere a semana de anos.
II-O QUE VAI ACONTECER NA GRANDE TRIBULAÇÃO
- O Anticristo se Manifestará
a) Quem é ele? Será o governante mundial, um ditador
ardiloso, que usará toda a sua influência para obter o apoio dos povos,
O Anticristo é a besta que João viu que subiu “do mar”; “mar”, na
tipologia bíblica, significa “povos” (Lc 21.25): “E eu pus-me sobre a
areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez
chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome
de blasfêmia” (Ap 13.1). “Sete cabeças” — um homem super inteligente;
“dez chifres” — poder global; “dez diademas”— será muito “glorioso”
perante a humanidade; “um nome de blasfêmia” — ele é anti-Deus,
anticristo e anti-Espírito Santo, e blasfemará e levará os povos a
blasfemarem contra Deus. O espírito dele já está no mundo (1 Jo 2.18;
4.3) há mais de dois mil anos. Esse personagem sinistro já pode estar no
mundo, no presente século.
b) Suas características. Será um “super-homem”,
nascido de mulher (Ap 13.1, “a besta que subiu do mar”, de povos); será o
líder político-espiritual. Fará grandes coisas (Dn 7.8, 20,25);
enganará a terra, que clama por soluções (1 Ts 2.9,10). A maioria não
quer saber de Jesus, mas aceitará o Anticristo, Ele é chamado de “a
Besta” (Ap 13.1), “o homem do pecado”, “o filho da perdição” (2 Ts 2.3),
o “Anticristo” (1 Jo 4.3), “o assolador” (Dn 9.27); é “a ponta que
tinha olhos” (Dn 7.8,20,25). Será uma pessoa super inteligente, com alto
poder de oratória e demagogia (Ap 13.2, 5), que impressionará o mundo,
como o fez Hitler na Alemanha nazista.
Com capacidade diabólica, o ditador alemão convenceu um povo culto a
se tornar sanguinário e destruir milhões de pessoas, como os judeus, por
causa de sua raça, e eliminar doentes, deficientes, homossexuais,
ciganos, todo esse crime em nome de uma “raça pura”. O Diabo cega os
entendimentos dos ímpios (2 Co 4.4).
c) O mundo clama por um governo único. Em 1968, foi
fundado o Clube de Roma, que concluiu ser necessário que haja um governo
único na terra. Isso é significativo em termos proféticos. Além disso, a
situação caótica do mundo fará com que o povo busque “um salvador”
potente, e o Anticristo se apresentará como tal. Terá “a eficácia de
Satanás” (1 Ts 2.9,10). Será por excelência um líder político. Haverá
uma “confederação de nações”, sob a liderança do Anticristo. Em 1957, em
Roma, foram criados “Os Estados Unidos da Europa”, hoje no âmbito da
Comunidade Europeia, que conta, atualmente, com 28 estados-membros
(2015).
Na visão de Nabucodonosor, de uma grande estátua, que representava
todos os remos do mundo, até o final dos tempos, os dez dedos da estátua
representam dez remos (Dn 2.40-43), resultantes do antigo Império
Romano (o quarto animal – Dn 7.24), que estarão em evidência nos fins
dos tempos; correspondem aos 10 chifres do 40 animal de Daniel 7.24 e
aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder
que “existiu, e que no momento não existe, mas que voltará a existir”
(Ap 17.8). Trata-se de uma confederação de nações que se unirão no
território do antigo Império Romano. Hoje, é identificado como a União
Europeia, que já tem um parlamento e uma moeda única, o Euro. O número
dez, na profecia, é simbólico, e significa globalização, um todo unido
em torno de ideias, objetivos e causas gerais.
- O Número 666
A Besta tem “sinal”, “nome” e “número” (Ap 13.17). Mas a Bíblia só
revela o seu número simbólico. Será uma identificação dos moradores da
terra, na Grande Tribulação. O governo ditatorial do Anticristo vai
numerar as pessoas para ter sobre elas o controle total. Quem não
aceitar ter esse número marcado ou tatuado em seu corpo não poderá
sobreviver. Primeiro, porque quem não adorar a Besta será morto: “E
foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a
imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não
adorassem a imagem da besta” (Ap 13.15).
Em segundo lugar, porque quem não tiver a identificação da Besta não
poderá comprar nem vender qualquer coisa: “E faz que a todos, pequenos e
grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na
mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão
aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”
(Ap 13.16,17).
Na tipologia bíblica, o número 6 é o número do homem. Em seis dias,
Deus fez o homem (ser humano). A repetição do número 6 equivale a uma
dízima periódica, que pode repetir-se indefinidamente, sem nunca chegar a
7, que é o número da perfeição, o número de Deus. Isso quer dizer que o
Anticristo será um homem, exaltado ao extremo, com pretensões de ser
igual a Deus, como o fez Lúcifer. Esse número, ou código, certamente,
será o meio pelo qual o governo do Anticristo controlará todas as
pessoas, desde o seu nascimento até a morte.
Ao que tudo indica, a tecnologia do código controlador de pessoas já
está em andamento. Um novo sistema de cartão de crédito já está sendo
utilizado. Esse sistema foi criado em 1993, na Inglaterra. Funciona com a
implantação de um “chip” (“VeriChip”, ou “bio-chip”) no corpo humano.
Pesquisas constataram que os lugares mais apropriados para o implante
são a testa ou sob a pele da mão direita. Já foi desenvolvida uma
seringa que implanta o chip sob a pele de seres humanos. Executivos de
multinacionais já estão usando o chip “inteligente”, do tamanho de um
grão de arroz, pois permite que sejam localizados imediatamente, em caso
de sequestros. Em alguns países, pais já estão implantando o
dispositivo eletrônico em seus filhos, para que sejam localizados em
caso de sequestros ou por outras razões. Vejamos o que diz a Bíblia:
Não vale a pena o crente viver descuidado, sem ter compromisso sério
com Deus, com sua Palavra e com sua Igreja. O fato de ser membro da
Assembleia de Deus ou de qualquer outra denominação evangélica não
garante a salvação. Quem não for santo não subirá ao encontro de Jesus
(1 Ts 4.17; 5.23). Ficará na Terra e experimentará os horrores da Grande
Tribulação.
- O Falso Profeta Estará em Ação
Será um homem (a Besta que veio da terra – de entre os homens — Ap
13.11,18). Será o líder religioso, a terceira pessoa da trindade
satânica. Fará grandes milagres. Imporá que todos tenham o sinal da
Besta, o número 666 (Ap 13.16,17). Procurará imitar o Espírito Santo, e
será o líder religioso que cooperará com o Anticristo.
Juntamente com o Diabo, eles constituirão a trindade satânica, que
dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Como os homens, ao longo da História, em sua maioria, preferi servir
ao Diabo, Deus dará liberdade para que este tenha total poder sobre suas
vidas. Ele atuará com seus demônios (Ef 6.12; Ap 12.9; 9.1,3; 12.12);
os homens passarão por sofrimentos inimagináveis, e saberão o quanto
perderam por terem rejeitado a Cristo. A base do governo da trindade
satânica serão as nações historicamente oriundas do antigo Império
Romano.
No sonho de Nabucodonosor, essas nações eram representadas pelos dez
dedos da estátua, ou na visão da Besta com dez chifres, que representam
dez reis que se levantarão contra Deus, e serão vencidos (Dn
7.7,8,19,27). (Veja Ap 13.1,2; 17.11,13). Haverá um caos e anarquia
total, pois o mal terá pleno curso no coração das pessoas. O desespero
será tão grande que as pessoas aceitarão as propostas e ameaças do
Anticristo para tentarem sobreviver.
III — Os JUIZOS DE DEUS SOBRE O MUNDO
A Grande Tribulação trará os juízos de Deus sobre os homens que, além
de ignorar seus avisos de amor, o afrontam, usando sua permissibilidade
e longanimidade. No Apocalipse, esses juízos se manifestarão através de
eventos catastróficos de natureza global. Por eles, Deus vai purificar o
planeta de seus horrendos pecados e corrupções, preparando-o para
receber o glorioso período do Reino Milenial.
A profecia fala de sete selos, sete trombetas e sete taças da ira de
Deus. De acordo com o Pr. Antonio Gilberto, a Grande Tribulação pode ser
dividida em duas partes. A primeira, do capítulo seis ao nono do
Apocalipse. A segunda, a mais cruel, engloba os relatos dos capítulos
dez ao dezoito do Livro da Revelação.
- Os Sete Selos
João viu um livro selado com sete selos. Na visão do Apocalipse, João
viu a Deus, assentado em seu trono e, em sua mão direita, “um livro
escrito por dentro e por fora, selado com sete selos” (Ap 5.1); e viu
“um anjo forte, bradando com grande VOZ: Quem é digno de abrir o livro e
de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo
da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele” (Ap 5.2,3).
Com tais características, aquele livro guardava segredos jamais
conhecidos, até a abertura dos seselos. Sem dúvida, é o livro dos juízos
de Deus, reservados para serem derramados sobre o mundo no fim dos
tempos. João chorava muito, por perceber que ninguém tinha condições de
abrir o livro e até de olhar para ele (Ap 5.4). O apóstolo viu que Jesus
é o único digno de abrir o livro. “E disse-me um dos anciãos: Não
chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu
para abrir o livro e desatar os seus sete selos. […] E veio e tomou o
livro da destra do que estava assentado no trono” (Ap 5.5,7).
a) O primeiro selo. Quando Jesus abre o primeiro
selo, tem lugar um evento de grande significado. Surge um cavalo branco,
e, nele está montado um personagem que “tinha um arco, e foi-lhe dada
uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.1,2). Trata-se de uma
falsa paz, tipificada pelo cavalo branco, O personagem é o Anticristo,
que enganará as nações, sedentas de paz.
Ele se assentará no templo em Jerusalém, dizendo-se Deus (2 Ts 2.4);
receberá adoração (Ap 13.12); fará aliança com Israel por sete anos (Dn
9.27); implantará uma falsa paz, que será rompida na metade da Grande
Tribulação: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes
sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está
grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).
b) O segundo selo. Depois de três anos e meio, o
Anticristo romperá a aliança e fará guerra a Deus e a seus santos (Ap
3.6; Dn 7.25; 9.27). E terá lugar uma terrível guerra mundial: “E saiu
outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que
tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada
uma grande espada” (Ap 6.4). O Anticristo atacará Jerusalém e profanará
o templo (2 Ts 3.3,4; Dn 8.13); os judeus são aconselhados a fugir para
as montanhas (Mt 24.16).
c) O terceiro selo. Como resultado da guerra
mundial, a maior delas, haverá uma terrível fome global, figurada pelo
cavalo preto (Ap 6.5); quem não tiver o sinal da Besta, não poderá
comprar nem vender (Ap 13.17,18). Haverá uma escassez nunca vista.
d) O quarto selo. Na abertura do quarto selo,
aparece um cavalo amarelo, simbolizando a morte em grande escala, em
decorrência dos flagelos anteriores (Ap 6.7,8); morrem 25% dos
habitantes do planeta.
e) O quinto selo — uma passagem parentética. João
deixa de ver animais e tem a visão dos mártires que foram mortos na
Grande Tribulação por sua fé em Cristo, por seu testemunho e amor à
Palavra de Deus (Ap 6.9-11); eles são salvos em meio à Grande
Tribulação.
Não são a Igreja militante. Eles clamam por vingança contra os “que habitam sobre a terra” (Ap 6.11);
f) O sexto selo. Vê-se um grande tremor de terra
(global); eclipse total do sol; a lua fica vermelha; estrelas caem
(meteoros); o espaço sideral se muda; os montes e ilhas são arrasados;
os governantes da terra, os poderosos e os povos se escondem, clamando
que os montes caiam sobre eles, por causa da “ira do cordeiro” (Ap
6.12-17); não se sabe quantos morrem nesse evento.
g) Outra passagem parentética. Salvos na Grande
Tribulação. Entre o sexto e o sétimo selo, Jesus abre um parêntese na
revelação e mostra a salvação numerosa de israelitas, em meio à Grande
Tribulação. Isso dá em todo o capítulo 7 do Apocalipse. João tem a visão
de dois planos.
Na Terra, vê os 144.000 israelitas, 12.000 de cada tribo, que são
assinalados (Ap 7.3); eles formam o Israel que será salvo, o
“remanescente” de que fala Paulo (Rm 9.26,27); no céu, João vê um quadro
deslumbrante dos mártires na glória: “Depois destas coisas, olhei, e
eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam
com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no
trono, e ao Cordeiro” (Ap 7.9,10).
Além dos 144.000 israelitas, erá uma multidão incalculável de pessoas
que reconhecerão Jesus Cristo como Salvador, não aceitarão o sinal da
Besta, não lhe renderão adoração, serão mortas, mas serão salvos. “E um
dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes
brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E
ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as
suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite
no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a
sua sombra (Ap 7.13-15 – grifo nosso). Quem ensina que não haverá
salvação na Grande Tribulação foge à regra número um da hermenêutica,
que diz que “a Bíblia explica a ela mesma”.
H) O sétimo selo. A essa altura, o mundo já estará
na segunda metade da Grande Tribulação. Quando o sétimo selo é aberto,
sete anjos tocam sete trombetas. São mais sete acontecimentos terríveis,
de caráter ecológico e espiritual, cairão sobre a terra, tipificados
nas sete trombetas (Ap 8 a 11) e mais eventos catastróficos. Em resumo:
Nos CAPÍTULOS 8 A 11— As SETE TROMBETAS
1 ) A primeira trombeta (8.7). A terça parte da Terra e da vegetação é queimada; a oferta de alimentos diminuirá.
2) A segunda trombeta (8. 8,9). A terça parte das
criaturas do mar é queimada, quando um grande meteoro é lançado sobre o
mar; tsunamis ocorrerão pelo impacto do bólido sobre as águas.
3) A terceira trombeta (8.10,11). Um grande meteoro
cai sobre a Terra, destruindo as fontes de água dos rios e dos lagos;
muita gente morre; não se sabe quantas pessoas morrerão.
4) A quarta trombeta (8.12,13). A terça parte dos astros é atingida, e o sol escurece a Terra; uma catástrofe cósmica abalará o espaço sideral.
5) A quinta trombeta (9.1-11). Demônios e anjos
terríveis são soltos e atormentam os que não têm o sinal de Deus,
liderados pelo “anjo do abismo” (9.12). Os adoradores da Besta são
torturados. Buscam a morte e ela não vem (9.6); a situação é tão
caótica, que o anjo diz que passou “um ai”, expressão de grande dor e
sofrimento; e diz que ainda faltam dois “ais” (na sexta e na sétima
trombetas).
6) A sexta trombeta (9.13-21). São soltos quatro
anjos que estavam presos junto ao Eufrates (v. 15). Eles são tão
perigosos, piores que Satanás, que estão presos “em prisões eternas” (Jd
6). Matam a terça parte dos homens; os ocultistas, esoteristas,
invocadores de mortos e adoradores de demônios são mortos, além dos que
vivem da prostituição (vv. 20,21); ocorre o segundo ai
7) A sétima trombeta(Ap 11.15-19). Ao toque da
sétima trombeta, há um evento celestial. Seres celestiais proclamam o
domínio universal do Senhor Deus e do seu Cristo.
“E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que
diziam: Os remos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e
ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). É um cântico celestial, de
proclamação gloriosa, do domínio universal de Cristo sobre o universo
(ver restante do trecho).
Nos CAPÍTULOS 10 E 11 – Outra passagem parentética, entre a sexta e a sétima trombeta (Ap 10, 11.1-14).
1) João come um livrinho. Antes de haver o toque da
sétima trombeta, João viu um anjo forte, com aparência terrível, com o
arco celeste sobre sua cabeça, o rosto como o sol e os pés como colunas
de fogo. Esse anjo diz que, ao toque da sétima trombeta, “se cumprirá o
segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos” (Ap 10.7).
João é instado a tomar da mão do anjo o livrinho enigmático, o qual, em
sua boca, era doce como o mel, mas, no seu interior, era amargo.
Certamente, a mensagem do livro é muito amarga para os que a ouvirem.
2) As duas testemunhas. No capítulo 11, do versículo
1 ao 14, João tem a revelação de que deveria medir “o templo, o altar e
os que nele adoram” (Ap 11.1). Essa medição significa castigo da parte
de Deus sobre Jerusalém, que será pisada por quarenta e dois meses ou
três anos e meio, na segunda metade da Grande Tribulação (Ap 11.2).
E foi-lhe dito que haverá “duas testemunhas” irão profetizar, durante
1260 dias, ou nos três anos e meio (Ap 11.3); elas são “as duas
oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (v. 4);
não se sabe quem serão elas. Não devemos ir além do que está escrito (1
Co 4.6).
Elas terão poder sobrenatural, durante o período de sua missão, mas,
depois, serão mortas pela “Besta que sobe do abismo” (v. 7); seus corpos
ficarão expostos durante três dias, vistos pelo mundo todo, através da
mídia, certamente (TV, Internet), e, depois, ressuscitarão e subirão aos
céus, aos olhos de seus inimigos (v. 12); haverá um terremoto, e
perecerão sete mil pessoas (localizado);
- A Mulher e o Dragão
1) A mulher vestida do sol, O capítulo 12 de
Apocalipse revela que haverá “uma mulher vestida do sol, tendo a lua
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. E estava
grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz” (Ap
12.1,2). Segundo as melhores interpretações do Apocalipse, essa mulher
representa os fiéis da nação israelita, através da qual veio Jesus; o
sol e a lua representam a glória de Israel, no plano de Deus, como o
povo eleito. As doze estrelas representam as doze tribos de Israel.
2) O grande dragão vermelho. E foi mostrado outro
grande sinal (Ap 12.3-6). “E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um
grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre
as cabeças, sete diademas” (v. 3). O “grande dragão” é Satanás (v. 9).
As sete cabeças representam sua grande inteligência para o mal; dez
chifres representam seu grande poder maligno; e os sete diademas
significam sua grande glória infernal. “E a sua cauda levou após si a
terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão
parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à
luz, lhe tragasse o filho” (v. 4).
Essa referência pode fazer alusão à queda de Satanás do céu, com os
anjos que o seguiram (cf 2 Pe 2.4; Jd 6). No texto, indica o plano do
Diabo para destruir o Messias, desde sua tenra infância (Mt 2.16). “E
deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de
ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (v.
5). O Diabo fez tudo para destruir Jesus na terra, mas Ele subiu aos
céus, após a ressurreição (cf. Lc 24.51; At 1.9-11). Na visão (v. 6), “a
mulher”, ou os fiéis de Israel, são guardados por Deus durante 1260
dias, por terem aceito a Cristo como o Messias (Dn 4.30,31; Zc 13.8,9).
3) A grande batalha nos céus. No capítulo 12, João
viu uma grande batalha no céu, quando o Arcanjo Miguel e seus anjos
vencem o Diabo com seus anjos e esses são precipitados no espaço
sideral, em direção à Terra (v. 7-9); o texto diz que os santos venceram
o Diabo “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de seu testemunho e não
amaram as suas vidas até à morte “(vv. 10,11). Haverá grande alegria
nos céus, mas a terra sofrerá consequências pela presença do Diabo em
seu meio, pois o Diabo “tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo”
(v. 12.). Com grande ira, Satanás investirá contra os fiéis da nação
israelita, mas Deus dará escape aos que aceitaram a Cristo como Salvador
(vv. 13-17).
Na sequência, o capítulo 13 fala sobre o Anticristo, cujo comentário foi feito no item II deste capitulo.
- As Sete Taças da Ira de Deus
A Grande Tribulação é dominada pela tipologia do número sete, que
significa plenitude, completude, Será um período de sofrimento tão
doloroso como nunca houve na história da terra. Os sete selos, com seus
acontecimentos tenebrosos, abrem espaço para as sete trombetas, que, por
sua vez, darão lugar a outros eventos escatológicos, representados
pelas “sete taças da ira de Deus”, anunciados nos capítulos 15 e 16 do
Apocalipse. As sete taças da ira de Deus representam as últimas pragas
ou os últimos juízos de Deus sobre a humanidade ímpia. Sete anjos são
encarregados de derramar esses juízos terríveis sobre os homens que
rejeitaram a Cristo.
No capítulo 16, são descritos os eventos das sete taças.
Certamente, aqui, consuma-se todo o juízo de Deus sobre a humanidade
incrédula e impiedosa, que se levantou contra o Deus Todo-Poderoso. “[…]
e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens
sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto” (v. 18). Será o maior
terremoto da história do planeta Terra. Jerusalém se fenderá em três
partes (v. 19); “as cidades das nações” desaparecerão, uma referência às
grandes metrópoles, principalmente as litorâneas, que serão destruídas
totalmente pelos efeitos dos abalos sísmicos, e também dos grandes
tsunamis, que poderão alcançar mais de 100 ou 200 metros de altura,
provocados pelos deslocamentos dos mares, em sua fúria sobre os
continentes. As ilhas sumirão, os montes desaparecerão, uma chuva de
saraiva cairá sobre os adoradores da Besta (vv. 19-21),
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja: Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Livro: O Final de Todas as Coisas = Esperança e glória para os salvos = Autor Elinaldo Renovato = 1ª Edição CPAD 2015.
Publicado no
Blog do Ev. Isaías de Jesus